Thiago Andrade (PCdoB) quer subsidiar tarifa do transporte coletivo

Thiago Andrade, 35 anos, produtor de eventos, candidato a prefeito de Santos pelo PCdoB, falou sobre suas propostas para a cidade

Por Narriman Sorbille

No que se refere aos diferenciais de sua candidatura em relação às adversárias, o candidato do PCdoB À prefeitura de Santos, Thiago Andrade, afirma se tratar de uma candidatura de apelo popular, voltada a enfrentar a imensa desigualdade social de Santos.

A cidade não tem uma gestão abertamente de esquerda desde a administração de David Capistrano, 1993 a 1996. Em relação a isso, ele acredita que o mundo, como um todo, vive uma onda conservadora, em que se propõe a diminuição do Estado. Esta rejeição também ocorre em Santos, afirmando que seu governo não pretende ser de esquerda, mas para todos.

Ainda nesse tópico, ele fala sobre o resultado da campanha de Carina Vitral, do mesmo partido, em 2016, apontando o machismo da sociedade santista e o cenário de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, pelo resultado pouco expressivo daquela candidatura.

Ele acredita ser necessário reapresentar a esquerda para a cidade, de uma forma mais serena e não combativa, de forma a reunir todos em torno de um projeto de desenvolvimento.

No tópico de privatizações, com ênfase na situação da Prodesan, que apresenta sucessivos prejuízos aos cofres públicos, o candidato se colocou fortemente contrário à ideia de privatização, afirmando que não é a solução para os problemas de empresas estatais, citando as organizações sociais que administram UPAs e hospitais como um exemplo a não ser seguido nesse sentido. Sem apresentar detalhes sobre uma proposta para melhoria da gestão, ele se limita a dizer que sua candidatura pretende reforçar a gestão de empresas públicas.

Uma das propostas do candidato é enfrentar a imensa desigualdade social de Santos

Transporte coletivo

Para os altos valores do transporte coletivo, Andrade afirma que pretende subsidiar o transporte na cidade, abrindo as planilhas. “O transporte é um direito do cidadão”, enfatiza. Assim, ele defende a ideia do passe-livre.

Em relação À gestão do Porto de Santos, para o candidato, ele deve ser de competência exclusiva federal, por se tratar de uma área estratégica, afirmando que o maior problema do porto é sua utilização em "negociatas" políticas.

Em sua visão, a única preocupação da prefeitura seria com a área retro portuária, para aproveitar melhor a riqueza que escoa pelo porto.

"Eu tenho 35 anos. A minha geração está condenada a ser Uber ou entregador de aplicativo. Ou tentar empreender"

Sua proposta é formar um banco público para ajudar os comerciantes da região a contratar mais e melhor. Ele afirma que, para combater os reflexos da pandemia de Covid-19, a melhor forma é utilizar dinheiro público para aquecer a economia da cidade, uma vez que a mesma possui uma arrecadação muito grande.

O candidato acredita que Santos precisa de um choque de capitalismo, para combater a falta de competição interna, pois, em sua visão, a cidade seria dominada por apenas três famílias.

Em relação aos moradores de rua, o candidato comenta, sem entrar em detalhes, que a sua gestão irá focar no caráter mais humano, e não apenas de recolher o morador de rua ou movê-lo para outro lugar.

"A presença ostensiva que podemos observar de moradores de rua é um reflexo da concentração de renda”. A Zona Noroeste também merece destaque com a proposta de levar mais serviços para a região, que ele reconhece não existirem por lá, como agências bancárias, cartórios etc.

Ele afirma também que pretende reurbanizar a região do Dique da Vila Gilda. Além de levar empresas para a região, em especial indústrias, com prioridade de contratação local juntamente com políticas sociais.

Em relação à deterioração do Centro de Santos, o candidato pretende trazer mais vida cultural para a região, além de fazer distinção entre o que é patrimônio histórico, e o que é apenas velho.

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Candidato: Thiago Andrade Partido: PCdoB | Número: 65