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Conquista do ouro olímpico: A trajetória de Rodrigão do vôlei

  • ls153978
  • 18 de set. de 2020
  • 3 min de leitura

Jogador de Voleibol, Rodrigo Santana, fala sobre carreira e preparação para os jogos olímpicos


Por Ludmila Andrade


“Conquistamos a medalha, antes, na fase de preparação”, disse o jogador de voleibol, Rodrigo Santana, o Rodrigão, de 41 anos, sobre a importância da preparação de um atleta para os Jogos Olímpicos.


Horas exaustivas de treinamento, alimentação regrada e preparação psicológica. Esses três elementos, permeiam a vida de todo atleta olímpico. E com Rodrigão não foi diferente: “Desde que sonhei em ser jogador de vôlei, em 1992, me preparei para um dia chegar às Olimpíadas. Na escola, eu assisti pela TV o Brasil sendo campeão olímpico e no ano seguinte comecei a correr atrás desse sonho”.


Doze anos depois, ele foi para as Olimpíadas, em Atenas, e se ‘deparou’ jogando com ídolos, como: Giovane Gávio e Maurício Lima, que estavam naquela seleção a qual ele assistiu pela televisão em 1992. Até que dedicação e treinos trouxeram a tão sonhada medalha de ouro, em 2004.


Mas, em 2008, Rodrigão passou por problemas. Faltando 5 meses para os Jogos Olímpicos de 2008, ele sofreu uma lesão no joelho. Operou dia 10 de março e fez Fisioterapia especializada. Em apenas quatro meses retornou ao treinamento de alto rendimento e fez sua reestreia na seleção. Os problemas no joelho retornaram, em 2011. “Eu me dediquei e me preparei. Para em 2012 conseguir uma medalha”, declarou. Nesse período, Rodrigão participou de uma das melhores fases do vôlei brasileiro.

Popularidade


A agente comunitária de saúde, Rosangela de Jesus, relembra a fase áurea do esporte. “Lembro que naquela época, o vôlei tinha tanto reconhecimento quanto o futebol. As pessoas tinham adereços e vibravam para a seleção”.


E foi a expectativa da população, que se tornou um grande desafio para o jogador: “Naquela época, o Brasil tinha o favoritismo e manter isso não foi fácil. E para mim, essa foi a maior dificuldade: suprir as expectativas”, disse o jogador. Apesar das dificuldades, ela enfatiza, com orgulho, o feito.

“Não mudaria qualquer situação, nem forma de agir. Faria tudo exatamente igual. Eu só diria para o Rodrigo, de 1993, o seguinte: A estrada é longa, você terá várias dificuldades, mas, você vai conquistar”

Rodrigão finalizou sua brilhante carreira nas Olimpíadas com um ouro, em Atenas, em 2004. E duas medalhas de prata, em Pequim (2008) e Londres (2012).


Treinamento

Para o ex-treinador de basquete, Nicolau Teixeira, a principal diferença entre treinamento de esportes coletivos e individuais é pensar “em uma só cabeça” e lembrar “eu dependo de você”.


“No geral todos treinam juntos. Quando chega o momento de algum torneio, faço subdivisões de acordo com a categoria e tipo de atleta”, disse a treinadora de natação, Maressa D’ Paula Gonçalves. Para ela, não existe muita diferença entre o treinamento de atletas de esportes individuais para as equipes. Porém, enfatiza que no individual ela tem possibilidade de estudar o adversário e preparar seu atleta.


“Me preparei quase a vida toda para as olimpíadas”, disse Rodrigão. Porém, complementou: “no ano da olimpíada temos um treino mais intensivo”. Ele pontuou os treinos intensivos, nos últimos quatro meses, antes das olimpíadas. Com treinos de 6 a 8 horas diárias. Pela manhã: academia e quadra. Depois do almoço, retornavam para a quadra e treinavam, até às 20h.


O emocional, também, é um grande desafio. Rodrigão, enfatizou a importância do trabalho e apoio da equipe. Psicologicamente, o lema que motivação da seleção era: “Nos dedicamos mais que todo mundo. Ficamos longe da família, mais que todo mundo, logo, ninguém pode ganhar da gente”.

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