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A História dos Jogos Olímpicos

  • Allan Verissimo
  • 28 de ago. de 2020
  • 4 min de leitura

Por Allan Veríssimo


De 1896 até os dias atuais, muitas reviravoltas ocorreram nas Olimpíadas


Tudo se originou há milhares de anos, mais especificamente por volta de 2500 a.C, quando os gregos realizavam festivais esportivos em honra a Zeus, o senhor dos céus e deus supremo.


As modalidades consistiam em arremesso de dardo, salto em altura, corridas, lutas físicas, lançamento de disco, etc. O vencedor costumava ganhar uma coroa de louro. Esses eventos ocorriam no santuário de Olímpia, na Grécia, de onde nasceu o termo “Olimpíada”. Mesmo naquela época, já existia a tradição do evento ocorrer a cada quatro anos.


A era das Olimpíadas gregas chegou ao seu fim em 394 d.C, quando o Imperador Romano Teodósio I, que havia se convertido ao Cristianismo, proibiu os eventos esportivos, decretando-os como uma festa pagã.


Estado Panatenaico, Jogos Olímpicos de 1896 / divulgação


Os jogos voltaram a ocorrer 1502 anos depois, como a primeira cerimônia moderna, em Atenas, idealizada pelo historiador e pedagogo francês Pierre de Frédy (mais conhecido como Barão de Coubertin). O evento teve o apoio político do príncipe herdeiro da Grécia e recursos da iniciativa privada. Por ser inédito, apenas 14 nações participaram da primeira edição.


Após o sucesso da edição de 1896, as Olimpíadas entraram numa fase de decadência. A segunda edição dos Jogos ocorreu em 1900, e quase decretou o fim do evento. Tendo sido realizada em Paris, com falta de infraestrutura e de divulgação, eles não tiveram sucesso, com atritos constantes entre atletas e juízes, além de problemas envolvendo cronograma e alojamento. O próprio idealizador dos Jogos, Barão de Coubertin, admitiu que o resultado final foi “medíocre”, como constam relatos da época. Os problemas persistiram nas Olimpíadas de 1904, com a ausência da França e Inglaterra.


Essa fase sombria foi contornada em 1906, quando os Jogos Olímpicos Intercalados ocorreram em Atenas, com pretexto de comemorar o 10º aniversário do recomeço dos jogos em 1896. Esta edição não é considerada oficial pelo Comité Olímpico Internacional, visto ter sido realizada fora do ciclo de quatro anos. A edição atraiu muitos participantes internacionais e gerou grande interesse do público em todo o mundo, marcando a ascensão da popularidade e escala das Olimpíadas.


Em 1913, o Barão de Coubertin concebeu a bandeira olímpica e, em 1914, divulgou o principal símbolo oficial dos jogos: cinco anéis entrelaçados, com as cores azul, amarelo, preto, verde e vermelho sobre um fundo branco. Cada anel representa um continente, sendo o anel azul correspondente a Europa, o anel amarelo a Ásia, o preto a África, o verde a Oceania e o vermelho a América.


Dos 241 participantes representando 13 nações em 1896, os Jogos de 2020 teriam 11.091 participantes representando 206 países. As Olimpíadas de Tóquio estavam previstas para começarem em 22 de julho, com previsão para encerramento em 9 de agosto. Essa edição acabou sendo adiada para março de 2020 como resultado da pandemia do COVID-19.


A História do Brasil nas Olimpíadas


O Brasil participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos apenas em 1920, na Antuérpia, depois de perder as cinco edições anteriores. Os atletas brasileiros conseguiram três medalhas, na modalidade de tiro esportivo, uma por equipe e duas individuais.


Desde então, o País enviou atletas para competir em todos as edições do evento, com a notável exceção nos Jogos de 1928, em Amsterdã, por consequência da crise econômica na qual o Brasil se encontrava. Até 2016, os atletas brasileiros já conquistaram um total de 129 medalhas em 15 esportes diferentes. Os principais esportes nos quais o Brasil recebeu mais medalhas foram os de vôlei, vela e judô.


Apesar de ser um país tropical, o Brasil também participa dos Jogos Olímpicos de Inverno desde 1992, embora nenhum atleta brasileiro tenha conquistado medalha. O melhor resultado foi o nono lugar alcançado pela snowboarder Isabel Clark Ribeiro, nos Jogos de 2006.


Sede


O Rio de Janeiro foi a primeira cidade sul-americana a abrigar as Olimpíadas, em 2016. A edição permitiu a maior e a melhor participação do país nas Olimpíadas até o momento, quando obteve um total de 19 medalhas, sendo sete de ouro, seis de prata e seis de bronze, o que lhe permitiu figurar na 13ª posição no quadro geral.


Inúmeras atletas brasileiros ganharam destaque ao longo da história de participação do País nos Jogos. Vanderlei de Lima, um corredor de longa distância que foi atacado por um espectador durante a maratona masculina na edição de 2004 em Atenas, na Grécia, quando liderava a corrida, foi um desses atletas. Lima perdeu dois lugares, conquistando a medalha de bronze. Apesar da situação, ele comemorou o terceiro lugar e chegou a receber a medalha Pierre de Coubertin, uma honraria especial para atletas que demonstram um alto grau de espirito esportivo.


A primeira atleta mulher brasileira a participar das Olimpíadas foi Maria Lenk, em 1932, em Los Angeles. Com apenas 17 anos, foi a primeira mulher sul-americana a participar de uma Olimpíada. Embora não tenha ganhado nenhuma medalha em 1932, ela também participou das Olimpíadas de 1936, em Berlin, onde chegou às semifinais em natação.


O Comitê Olímpico Brasileiro foi criado em 1914 e reconhecido em 1935.

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