Impresso ainda é a base para áreas do Jornalismo, afirma editora de A Tribuna
- piunisanta
- 29 de mar. de 2018
- 2 min de leitura
Michella Guijt comentou sobre a carreira e as transformações da profissão com a chegada das redes sociais.
Por Ana Gabriela Salu

“O impresso é a base de tudo”. Foi com essa frase que a editora do Caderno de Cidades do Jornal A Tribuna, Michella Guijt, defendeu a importância do jornal impresso, falou sobre o futuro, os desafios e as maneiras encontradas para colocar todos os dias uma nova edição na banca. As declarações foram dadas em uma coletiva para os alunos do 3º ano de Jornalismo da Universidade Santa Cecília.
A editora contou que a experiência que adquiriu logo no início da carreira trabalhando no jornal, Boqnews, foi de muita relevância em todas as outras áreas em que atuou.
“É no impresso que você aprende a ir para a rua, fazer apuração, entrevistas”.
Para a editora, o principal desafio do jornal impresso atualmente é atrair novos leitores e descobrir de que forma o público deseja consumir as notícias. “Sabemos que os mais jovens não gostam de ler jornal, mas ainda temos um público que consome esse material e não podemos deixar de escrever para eles”. Sobre atrair novos leitores, ela acrescentou que “as redes sociais são muito importantes”.
Michella destaca que o impresso ainda tem um certo prestígio e isso ainda garante a sua sobrevivência. “Certos anunciantes querem colocar sua marca apenas no impresso. É além de prestígio um sinal de credibilidade para eles”.
Ainda sobre novos leitores ela comentou que o grupo A Tribuna está cada vez mais presente nas redes sociais falando com um público jovem e diferenciado daquele que lê o jornal impresso. Um exemplo disso é o “Diz aí” que leva a notícia e as informações através de vídeos ao vivo no Facebook possibilitando uma maior interação com os internautas.
A interação nas mídias sociais também mudou a rotina nas redações, segundo Michella. Para ela, o Whatsapp é uma grande ferramenta, mas precisa saber ser usado. A editora contou que todos os dias a redação recebe muitas denúncias e reclamações de leitores por essa via, além do telefone, e que cabe aos jornalistas filtrar tudo isso e extrair o que realmente é notícia.
Isso também funciona com as páginas nas redes sociais de notícias, como por exemplo, Viver em Santos, Praia Grande 1000 mil graus, entre outras. “Hoje em dia todo mundo quer ser jornalista”, acrescentou. Para ela, é necessário muito cuidado na apuração e “transformação” do que é falado nas redes em uma notícia dada por um veículo sério como -30. Porém, ela explicou que dependendo do fato que está acontecendo e o setor digital já está fazendo uma cobertura, uma equipe do impresso, às vezes, é direcionada para fazer aquela pauta também.
Ela também comentou que a sobrevivência do jornal impresso não está só relacionada a redação. Muito do que é conquistado tem a ver com a parte de marketing do veículo. Ela explicou que muitas das vezes o jornal cria eventos em parceria com a iniciativa privada. Eventos que gerem patrocínio para o jornal e também notícias de qualidade.
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