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  • Luana Chaves

Uma luta de todas: TCC aborda afroeempreendedorismo femino

A estudante de jornalismo Mariane da Luz criou um blog para discutir o espaço da mulher negra no empreendedorismo



A luta das mulheres para ganhar espaço na sociedade é um esforço constante. Após tantos anos e conquistas, o sexo feminino ainda encontra diversos obstáculos para se estabelecer no mercado de trabalho. Quando essas mulheres são negras, as dificuldades são ainda maiores.


Além de lidar com um mercado majoritariamente liderado por homens, elas também precisam encarar uma série de barreiras impostas contra sua cor de pele. Foi pensando nisso que Mariane da Luz, aluna de Jornalismo, decidiu falar sobre o afroeempreendedorismo em seu Trabalho de Conclusão de Curso.


De acordo com as pesquisas feitas para o projeto, os empreendedores negros são maioria na sociedade, no entanto, eles encontram maior dificuldade para obter apoio financeiro, já que os bancos liberam menos verba para pessoas que não são brancas.


Conforme explica Mariane, geralmente, essas pessoas decidem investir no empreendedorismo por necessidade, já que o mercado tradicional costuma não dar muitas oportunidades para negros, mesmo que estes possuam tantas formações quanto os concorrentes brancos.


Sendo a cor da pele um quesito de desempate, o mérito diminui ainda mais para mulheres, que a partir disso, se lançam no empreendedorismo, a fim de superar seus próprios limites e conquistar sua liberdade e estabilidade por um caminho longo e desigual.


Muitas mulheres trabalham em múltiplas jornadas, cuidando de seus negócios, interesses pessoais e de uma família. Pensando nisso e visando a falta de oportunidades e até de informação para essas chefes de família, Mariane decidiu criar o blog “Só podia ser preta”, que funciona como um guia de pesquisa para essas mulheres e um espaço onde os consumidores possam conhecer e valorizar os serviços oferecidos pelas afroempreendedoras de Santos.


Para a orientadora Raquel Alves, “o tema escolhido por Mariane é muito oportuno”, tendo em vista que o país está passando por mudanças vigorosas, resultantes da luta das mulheres. Raquel complementa que a proposta da aluna é utilizar o jornalismo como uma ferramenta para ampliar a discussão sobre a participação das mulheres negras no empreendedorismo.



Contudo, apesar de possuir um tema inteligente e necessário, a estudante do último semestre de Jornalismo, assim como vários outros alunos, teve o desenvolvimento do projeto prejudicado com a chegada da pandemia.


A orientadora explicou que a comunicação e a troca de informações com os alunos ficaram complicadas nesse período de isolamento social e, desta forma, “o processo não flui como nos anos passados”. Entretanto, é tudo uma questão de adaptação, pela qual Mariane está se adequando e correndo contra o tempo para colocar em prática sua metodologia e finalizar o projeto a tempo da apresentação.


 

Por Luana Chaves


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