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Livro conta a trajetória das “Sereias da Vila”

Estudantes de Jornalismo elaboram livro-reportagem para contar a história do time feminino do Santos Futebol Clube


Paixão por futebol, curiosidade sobre a história do time feminino do Santos FC, e a vontade de dar maior repercussão ao tema que não é muito falado no Brasil foram alguns dos fatores que incentivaram Fernanda Paes e João Pedro Bezerra a escreverem o livro “Sereias da Vila: Uma trajetória de conquistas”.

A ideia surgiu ainda no 3º ano da faculdade, em 2019. Falar sobre futebol não é uma novidade para os dois, já que ambos adoram acompanhar jogos, campeonatos e tudo que envolva o tema. Para eles, a modalidade não deve ficar restrita apenas aos tradicionais jogos masculinos. Sempre foram grandes fãs do futebol feminino, e foi aí que começaram a ter a ideia de contar um pouco mais sobre a história de um time, as Sereias da Vila, do Santos Futebol Clube.

Tudo começou em 1997 e por lá passaram grandes nomes, jogadoras que realmente ficaram marcadas no mundo inteiro. Apesar de toda a trajetória, tantas vitórias e milhares de partidas, não há muitos relatos sobre a história do time e quem tem curiosidade de saber um pouco mais com certeza vai encontrar dificuldades.

Fernanda e João Pedro sentiram essa dificuldade, pois queriam conhecer um pouco mais sobre o time, mas não encontravam quase nada. Por conta disso, escolheram escrever um livro, no qual poderiam abranger diversos assuntos como perfis de personagens, histórias de títulos, bastidores e tudo do universo das Sereias da Vila. Enquanto tentavam encontrar outros tipos de produtos e formatos para o Trabalho de Conclusão de Curso, nenhum era tão viável quanto um livro-reportagem.

Enfrentando a pandemia

Formar-se neste ano não está sendo uma tarefa fácil, já que desde março ano vive-se uma pandemia devido ao Covid-19. Para dificultar o processo, tanto Fernanda quanto João contraíram a doença.


“O coronavírus é complicado, pois não mexe somente com o seu físico, mexe com o seu emocional, você acaba ficando preocupado com sua família e todas as pessoas ao seu redor”, relata Fernanda. Os dois se recuperaram rapidamente.


“Conseguimos nos adaptar muito bem com a pandemia, fizemos entrevistas pelo zoom e pelo skype, e alguns entrevistados até respondiam por meio de áudios pelo WhatsApp”, conta João Pedro.

Dificuldades encontradas

Embora a pandemia não tenha sido um problema, algumas dificuldades foram encontradas pela dupla durante o trabalho. Um dos primeiros passos que foram dados foi o de levantar dados.


“Em janeiro fomos no Santos pensando que eles teriam de tudo, desde jogos, números das jogadoras e partidas. Na verdade, eles não tinham absolutamente nada. Apenas um release sobre o Santos com algumas informações que estavam erradas”.

Para eles, esse foi um dos maiores problemas que tiveram que enfrentar. Além disso, em março deste ano, o notebook de ambos queimou e por conta disso, ficaram cerca de um mês parados pois não tinham um dos instrumentos principais para trabalhar.

Para contornar o problema da falta de dados, Fernanda e João Pedro utilizaram a tecnologia para encontrar suas principais fontes. Por meio das redes sociais conseguiram encontrar algumas jogadoras, entrevistaram, e a partir disso foram encontrando outras e assim o trabalho foi fluindo bem.

O livro conta com 12 capítulos. E o mais difícil foi o da história do time, já que de 1997 a 2004 não thavia quase informações sobre o time.

Orientação do trabalho

O orientador escolhido por eles foi o professor e diretor da Faculdade de Comunicação, Humberto Challoub. Eles procuravam alguém que realmente entendesse de futebol e conhecesse a história do Santos. “O Challoub tem um um amor igual ao nosso pelo esporte, tem uma carreira como jornalista muito respeitada e tem muitos contatos que poderiam nos ajudar. Essa foi nossa escolha e nós não nos arrependemos.”


“Acho que o trabalho está muito bem desenvolvido, foram muito dedicados até agora, colheram muitas informações mesmo com toda a dificuldade da pandemia. Acho que vai ficar um trabalho bem interessante”, diz o orientador.

“Quando estourou a pandemia, já estávamos com o trabalho em desenvolvimento, minha tarefa foi apenas conversar com eles, fazer a leitura dos capítulos e dar sugestões. Foi tranquilo pois são alunos muito dedicados e interessados em fazer, tudo fica mais fácil.”, conta o professor.


 

Por Giovanna Real

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