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Campanha busca democratizar o acesso a museus

Alunos de publicidade e propaganda reúnem-se em campanha publicitária para o Museu de Arte de São Paulo



Inspirados pelo objetivo inicial do jornalista e escritor Assis Chateaubriand, fundador do Museu de Arte de São Paulo (MASP), quatro estudantes de publicidade montaram o Inspira MASP, cujo propósito é também a razão pela qual o museu foi criado: Tornar a arte disponível para todos.



Fernanda Chagas de Sena, Juan de Barros Lima, João Victor Barbosa e Maria Eduarda Galvão Gama criaram o grupo Souvient. Seu trabalho de conclusão de curso foi feito, em sua maioria, em formato digital; com vídeos, imagens e texto. O conteúdo do projeto também é trabalhado no formato “out of home”, um tipo de propaganda exterior que atinge o público no ambiente urbano, como pontos de ônibus, restaurantes e Shopping Centers, por exemplo.


A campanha do grupo também conta com a Ação do MASP Itinerante, que busca levar réplicas de obras de arte presentes no museu para centros de grandes cidades, a fim de despertar o interesse por estas no público geral. A ação foi projetada para atingir principalmente pessoas de baixa escolaridade e que não costumam frequentar museus. Assim como no MASP, as réplicas são posicionadas em cavaletes e exibidas para os transeuntes, transformando ambientes do cotidiano em exposições de artes visuais.


Para a criação do projeto, os membros do grupo entraram em contato com o MASP para ver qual era o perfil do público que consume as artes presentes no museu. A resposta já era o que esperavam; a maioria das pessoas que o frequentam pertencem às classes A e B, com ensino superior, pós graduação ou doutorado. Para João Victor, o resultado das pesquisas apenas reforçou a importância da campanha. “A gente tem que ressignificar isso”, afirmou. “A arte tem que ser pra todo mundo e tem que ser acessível”.


"Pude ver como a influência de um grupo elitizado afeta a visão da população que, por mais que tenha um acesso fácil ao MASP, acaba não se sentindo pertencente ao espaço que também é dela e deve ser ocupado" — João Victor Barbosa, estudante.

Em tempos de Covid


Um trabalho que envolve gravações, pesquisas e fotos sofreu com a pandemia do novo coronavírus. Os integrantes do grupo, que moram em cidades diferentes, tiveram de desenvolver suas ideias e materiais pela internet. Trabalhando em agências e com horários distintos, o TCC acabou ficando em segundo plano por boa parte do ano.


Para a realização de parte campanha, era necessário o fluxo constante de pessoas pelas ruas, o que não era mais possível desde março. Em sua natureza, o projeto também envolvia o contato com as fontes das pesquisas que foram realizadas. Estas, por sua vez, também tiveram de ser feitas completamente online. “Esse distanciamento causou um atraso enorme no nosso trabalho”, disse João Victor.


Para Maria Eduarda, um dos principais desafios foi encontrar informações mercadológicas sobre os museus, visto que “a relação entre cada um não funciona da mesma forma que com um cliente comum, com concorrência e disputa entre consumidores”.


 

Por Gabriel Bacci

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